Ferroviário Atlético Clube

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Respeitem a história escrita por Ferroviário, Castelão e Futebol Cearense

09 de setembro de 2020

Líder da Série C do Campeonato Brasileiro, o Ferroviário Atlético Clube foi surpreendido com um e-mail encaminhado pela Federação Cearense de Futebol e um ofício do Governo do Estado do Ceará, assinado pelo Secretário Rogério Nogueira Pinheiro. Em ambos, o reforço à solicitação da Confederação Brasileira de Futebol para que o Tubarão da Barra indique uma nova praça esportiva para seus jogos, de forma que evite o desgaste do gramado da Arena Castelão e, pasmem, garanta as boas condições para os clubes representantes da Série A do Brasileiro.

Estupefato com o pedido, a diretoria do Ferroviário prontamente enviou resposta à CBF, informando que, infelizmente, não há, em nossa capital, outra alternativa de estádio apto a sediar jogos oficiais. O Estádio Presidente Vargas, municipal, funciona como hospital de campanha, e o Estádio Elzir Cabral, particular e de propriedade coral, passa por reformas elétricas em meio à instalação de sistema de energia solar. Portanto, a Arena Castelão é a única opção.

Entende-se, ainda, que o Ferroviário, por jogar, em média, apenas duas vezes no mês em casa, ou seja, durante apenas 180 minutos, não é o principal empecilho para um eventual desgaste de gramado. Este que passou por reformas durante o começo do ano, com objetivo frustrado de não termos mais desagradáveis situações como esta. Além disto, como estádio público que é o Castelão, o Ferroviário possui o mesmo direito de uso de todos os demais filiados da FCF e representantes da cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, em competições nacionais.

Há de se considerar que a possível justificativa de apelo de público para jogos de Série A, o que priorizaria esta à outras divisões, não faz sentido visto os jogos estarem ocorrendo de portões fechados. Destaca-se, também, que os próprios regulamentos do Campeonato Brasileiro da Série C, em seus RGC e REC, exigem estádios com boa estrutura para o bom nível técnico da competição. Ou seja, é impensável o Ferroviário ter que sujeitar a jogar em praças sem a devida qualidade merecida.

Tudo isso, somado à similares episódios ocorridos no ano passado e ao deselegante, e desgastante, fato dos vestiários de um estádio público seguirem adesivados em modo contínuo por apenas dois clubes, sem qualquer explicação plausível, faz com que o Ferroviário sinta-se amplamente desprestigiado, e até boicotado, pelos principais setores que comandam, não só o futebol, mas todo o nosso Estado. Vale ressaltar que os custos pagos pelo Ferroviário para uso da Arena Castelão são exatamente os mesmos cobrados aos outros clubes e, mesmo assim, nunca houve tentativa de retaliação por conta disto.

Prezando pela transparência com seus sócios e torcedores, e pelo profissionalismo que impera hoje no clube, o Ferroviário já se antecipou sobre a viabilidade de mandar seus jogos em outras praças esportivas do Nordeste. A Arena Pernambuco mostrou-se favorável e bastante receptiva ao time coral, com condições financeiras, por sinal, amplamente favoráveis às que são praticadas na Arena Castelão. Ainda no estado pernambucano, sensibilizado com a situação e reconhecedor da grandeza que é o Ferroviário em nível nacional, o Santa Cruz Futebol Clube, através de seu presidente, também abriu as portas do Estádio José do Rego Maciel, o famoso Mundão do Arruda, para ter o Ferroviário mandando seus jogos pela Série C. Outra proposta viável é a Arena das Dunas, em Natal, no Rio Grande do Norte, que faz um trabalho exemplar de preservação de seu gramado.

Como a solicitação de mudança partiu da CBF, o Ferroviário tem a convicção que todo e qualquer custo envolvido será abraçado pela própria Confederação. Por enquanto, a tabela da Série C segue sem alterações.

No mais, o Ferroviário lamenta todo esse imbróglio e, já não bastasse as dificuldades diárias em meio a um difícil campeonato, agora é preciso nos preocuparmos com mais essa novidade. Vivemos uma pandemia mundial, jamais vista em gerações, e, aparentemente, parece que ainda pouco se aprendeu. Ao invés de todos darem a sua cota de sacrifício, há quem continue pensando em causa própria.

O Castelão pertence ao povo cearense e não pode ser privatizado informalmente.

Foto: Lenilson Santos

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